Chuva...
Chuva que cai
E me rasga a alma
Como ácido,
Exigindo de mim a pele,
Lavando as minhas verdades,
Enquanto nasço planta nova,
Desse solo árido.
E me rasga a alma
Como ácido,
Exigindo de mim a pele,
Lavando as minhas verdades,
Enquanto nasço planta nova,
Desse solo árido.
Chuva,
Que me desnuda o silêncio,
Confunde os meus caminhos,
Molhando meus pés e passos,
Diante da lama que só eu vejo.
Chuva forte;
Que decide o que será do meu destino,
A dança ou a quietude...
Cai gota a gota
Enquanto penso sobre as pendências em mim.
Chuva que fere o aço,
As culpas e os estilhaços;
Nutre como enxurrada as minhas esperanças,
Desperta os sons da minha essência;
Do banjo ao baixo,
Dos suspiros aos gritos.
Chuva que me leva a sombra
E desbrava as fronteiras
De medos que não tenho mais;
Nem mesmo do excesso
Que inunda meu cais,
Nem mesmo da correnteza
Que costuma me acorrentar,
Nem mesmo da tempestade
Que demora a passar.
Chuva
Que me serve muito;
Serve até para me provar
Que sou dela,
Sou filha da água que corre,
Que compõe minhas veias,
E dilui meus pecados.
Chuva...
E esses temporais insanos,
Que existem apenas para me moldar.
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