(Publicado sob o pseudônimo de Amália Peitiguary)
Esta
árvore que vês, já desfolhada,
Pobre,
batida pelo tempo, outrora
Guardou
muitos segredos e adorada
Foi,
como aquela que acolá vigora.
E,
sem receio, a ela a passarada
Que
trina ao longe, que a despreza agora,
Seus
ninhos confiou. Árvore, coitada,
És
velha triste, ninguém mais te adora!
Meu
coração também, outrora cheio
De
sonhares gentis, alimentado
Por
um constante e amoroso enleio,
Como
tu vive triste desprezado,
E
nele eu hoje tristemente leio
A
mesma sina tua, o mesmo estado.
*In
João Barafunda,
de Félix Lima Júnior, p. 72. João Barafunda é um dos pseudônimos
utilizados pelo poeta João
Francisco Coelho Cavalcanti.
Amália
Peitiguary é outro pseudônimo do poeta.
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