Tens
a aurora na boca e a noite escura
Nos
olhos; no cabelo em desalinho.
O
mar bravo, a floresta, o torvelinho;
E
as neves da montanha em tua alvura
Possuis
na voz a música e a frescura
Da
água corrente; o sussurrar do ninho
Na
surdina sutil do teu carinho,
Em
que o calor ao travo se mistura...
Cheiras
como um vergel! Tens a tristeza
De
uma tarde hibernal, em que anda imerso
Teu
amor — meu algoz e minha presa —
Em
tua alma e teu corpo acha meu verso
Todas
as convulsões da natureza
E
as harmonias todas do universo.
(Fonte:
http://www.jornaldepoesia.jor.br/@ga01.html
.)
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