Da vida,
as palavras
Carrego e consumo.
Como águas
Vezes puras
Doutras turvas
Doces
Ou cheias de amargura.
Que
escorrem
por
entre
os
dedos...
E não se pode apanhá-las;
Apenas devorar o pouco
Que sobeja nas mãos...
Assim são as palavras:
Generosas,
Porém cautelosas
Em matar a sede
De quem lhes quer beber.
Elas são o mar e eu
A ilha:
Envolta,
Sedenta,
Sucumbida.
Lá fora:
Um manto de águas salgadas.
Aqui dentro:
Um delírio doce de cascatas lexicais
Que roubam meu cais
e saltam
no caos
Da minha inspiração.
Será vida?
Será arte?
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