segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Libertamento, de Sebastião de Abreu















(Ao Aristheo de Andrade)




Não mais cantos de dor; não mais ternuras,

Nem mais cantos sem fé, cantos terríveis

Cheios de mágoas, cheios de torturas,

Da tristeza dos “Sonhos Impossíveis”!




Tenha a musa a volúpia das Alturas!

Tenha anseios gazis, inexprimíveis!

Cante as alegrias e delícias puras

Em lugar das apóstrofes terríveis;




Da existência os divinos esplendores.

Cante divina! Sonorosa vibre

Este doce florir dos meus amores!




Diga que eu vivo num viver risonho…

Que solte álacre e doudejante, libre

Esse festivo rouxinol do Sonho!


(Do Jornal do Recife)

Gutenberg, edição de 25 de outubro de 1903.


(Fonte: http://www.alagoanidades.com.br/?p=1133 . Data: 24.01.2016.)

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