(Ao
Aristheo de Andrade)
Não mais cantos de dor; não mais ternuras,
Nem mais cantos sem fé, cantos terríveis
Cheios de mágoas, cheios de torturas,
Da tristeza dos “Sonhos Impossíveis”!
Tenha a musa a volúpia das Alturas!
Tenha anseios gazis, inexprimíveis!
Cante as alegrias e delícias puras
Em lugar das apóstrofes terríveis;
Da existência os divinos esplendores.
Cante divina! Sonorosa vibre
Este doce florir dos meus amores!
Diga que eu vivo num viver risonho…
Que solte álacre e doudejante, libre
Esse festivo rouxinol do Sonho!
(Do
Jornal do Recife)
Gutenberg,
edição de 25 de outubro de 1903.
(Fonte:
http://www.alagoanidades.com.br/?p=1133
. Data: 24.01.2016.)
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