Contemplando a lua
Noite
calma, sombria, extasiante,
Derramando
o silêncio no telhado.
Já
não se ouve o sopro arquejante
Do
vento sibilando, inebriado.
Dorme
tranquila a noite na esquina,
E
o velho cão latindo, assustado,
Lamenta
a calma noite que se finda,
Vagando
pela rua, abandonado.
Por
trás da nuvem, um céu ensanguentado
Esvai-se
em saudade e solidão.
Surgem
fantasmas em pleno descampado.
Oh,
calma nuvem em que o luar flutua,
E
segue derramando o seu clarão,
Sentindo
a noite e contemplando a rua.
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