Coroa
de espinhos
Na granja de minha alma apenas mora
A lágrima de sangue vegetando
E desferindo cânticos eu ando
- Um crepúsculo eterno à luz d'Aurora.
Qu'estes sorrisos pálidos agora,
São d'alvas ilusões um triste bando,
Que neste coração murcharam quando
O amor batendo as asas foi-se embora!
Vai-me fugindo um resto de conforto,
Eu já não sinto mais, quase que morto,
Trinar um' ave em meus beirais mesquinhos.
E minh'alma a bater de porta em porta
Aos corações de bem piedade exorta,
Mostrando um peito cravejado d'espinhos!
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