domingo, 12 de abril de 2015

[máquina como se fosse fazer costura], de Edgard Braga


[máquina como se fosse fazer costura]*



máquina como se fosse fazer costura
nada mais fazer do que signos
                                       ) p  preto   o-preto   e-preto
um-m
um-a
       tudo diferente de um coser qualquer
      que se fechasse em pontilhado branco

máquina como quem quer desfazer
costura de coisas no papel branco
entre um hífen ponte de meditação

dedos-dados dados em lanço de pontos pretos
um lenço um cachimbo
em preto-branco espaço
                                 remate do poema
                                                  branco


* Poema originariamente sem título. Do livro Soma. Tirado de A Transmutação Metalinguística na Poética de Edgard Braga, de Beatriz Helena Ramos Amaral, p. 100. Fonte: https://books.google.com.br/books?id=bOB1NjpoPjoC&pg=PA92&lpg=PA92&dq=edgard+braga+poemas&source=bl&ots=aeDczhmdC7&sig=56SLF4_ysgGxl3XJ9S8v4OYX9o8&hl=pt-BR&sa=X&ei=-sAqVZbCO8uYgwSGqIHACw&ved=0CFkQ6AEwDQ#v=onepage&q=edgard%20braga%20poemas&f=false .

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