segunda-feira, 27 de abril de 2015

O Ato, de Ari Lins Pedrosa



O Ato 


Serei o vento percorrendo cada ponto
deste corpo quente.
Mas serei um vento brando, tocando o ponto impaciente.
Esta pele, seda do oriente,
orvalhada e perfumada,
ficará encantada com cada beijo iluminado.
Os cabelos e os pelos serão ondas pequenas,
guardando secretamente acidentais cantilenas.

Como um velho sábio, serei uma criança no ato revolto.
Observando olhos, seios, nádegas, um ventre envolto.
Os gemidos serão cantos celestiais,
demolindo catedrais.
Aos sons da madrugada,
seremos animais.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Gostou do poema ou da postagem? Deixe aqui sua opinião.

Diga o que achou do blog ou de algum poema. Agradecemos desde já seu contato.

Nome

E-mail *

Mensagem *