As Horas
Sigo
sem saborear as horas
À
procura de algum lugar
Um
lugar dentro de mim
Um
lugar fora de mim
Onde
possa te encontrar
Paro
no meio da noite
E
a estrada não tem fim
Sigo
no silêncio sem a tua mão
Caminho
pelo avesso
Tua
voz na contramão
Sigo
sem poder sobrestar
Paro
sem que possa prosseguir
Mais
uma noite incompleta
O
dia amanhece e o sangue corre
Escorre
ácido onde você não está
Deve
haver um lugar
Que
você não vai estar
Dentro
ou fora de mim
O
sangue seco é caminho seguro
Por
onde sigo sorrindo no escuro
Sei
que aqui teus passos rasgaram
As
rosas que sangram sem misericórdia
Sigo
o sangue seco das rosas
Paro
em algum lugar
Dentro
ou fora de mim
Toda
hora é hora de te reencontrar
É
tua voz outra vez na contramão
Dou
de cara com o abismo alucinado
Ele
quer me devorar, já passou da hora
Sinto
muito, já passou da hora
Os
olhos da moça bem de leve me tragaram.
Sigo
sem saborear o compasso
de
prazer de cada hora
Passo
sem poder te olhar,
dou
de cara com o futuro
Salto
para dentro do presente
No
teu riso quase lindo
Deve
haver algum lugar
Em
que você não vai estar
Não
sei se dentro ou fora de mim
E
a noite já se finda, salto sobre o fogo
Me
abrigo na saudade do que já não há
Quer
saber de fato o que sinto?
Dê
de cara com um abismo
Entre
então num labirinto
Sinta
os fios da marionete
Ela
pensa caminhar sozinha
Aí
você decide mudar o ritmo do blues
Os
fios soltam e de nada adiantou
Não
vai andar...
Paro
no tempo e o tempo não me para
Então,
parta meu amor antes que me partas.
As
nossas vidas curtas
Se
juntas só terão triste fim
Teu
beijo sempre foi um adeus anunciado
O
fim sem começo
Minha
boca, tua língua
É
amor minha querida
Sigo
sem poder sobrestar
Paro
sem que possa prosseguir
Deve
haver algum lugar
Que
você não vai estar
Dentro
ou fora de mim...
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