O
Mar
Não
permitas
a
tua amada
oferendar
desejos
ao mar.
Eles
não voltam
verde-vestidos,
se
não, o que seria do mar?
Não
deixes
teu
poeta
fecundar
o mar.
Seu
corpo volta,
mas
a alma fica
a
cortejar o mar.
Se
não, o que seria do mar?
As
almas dos poetas,
como
as dos pescadores,
vestem
verde-esperança.
Há
blocos
de
almas verdes
no
alto-mar.
Vagando,
vagando
sem
sul e sem norte,
sem
ser, sem não-ser,
no
conter do mar.
Se
não, o que seria do mar?
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