Destinos
Eu queria ter o destino
desse grande transatlântico
que, rasgando o tafetá
verde das águas,
te leva para além!
O que eu não queria
ter
é o destino dos que
ficam
com ânsia
e vontade
de partirem
também.
O destino dos que
ficam, à espera de um amor
que partiu... e que
talvez
nunca volte... Nunca
mais!
O destino dos que ficam
mergulhados na dor.
O destino dos que ficam
mendigos de ideais!
Eu queria ser como
esses grandes transatlânticos
que nem pensam no
destino dos irmãos que naufragaram!
Eu queria ter o destino
dos navios
que jamais
compreenderão o destino dos que se foram...
e que jamais
compreenderão o destino dos que ficaram...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Gostou do poema ou da postagem? Deixe aqui sua opinião.