Palco
Na solidão do meu quarto há fantasia
E há prece...
Uma sombra mais clara que o dia
Quando amanhece.
No palco do meu quarto há sensações
E sons plangentes...
Uma flauta, uma gaita, violões
A voz de Castro veemente!
No convés do meu quarto mora o mundo
Marinheiro triste...
O bêbado, o louco, o vagabundo
O Anjo que me assiste.
No verde do meu quarto há roseirais
Pardais e rouxinóis...
Romãs irisadas nos quintais
Um rufar de asas de albatroz!
(Do livro Coletânea Alagoana: Contos e Poesias – Vol I, de
1998, p. 55.)
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