Sobral
(Especial
para NOVIDADE*)
Deante das ondas
barulhosas e dos coqueiros farfalhantes
invento um silencio que
fale a mim mesmo.
As ondas vão e vêem
em ritmos perdidos
e os coqueiros
nostálgicos acenam aos navios.
Traço pensamentos
graves na areia
para ter consciência
de que sou efêmero.
Ali, uma senhorita, com
o verde dos seus olhos,
Junto ao cavalete,
pinta uma marinha.
O crepúsculo afunda-se
no mar
os afogados vão ficar
mais tristes.
Esqueço-me a soltar os
sonhos como barcos
e a sacudir o coração
para pescar poemas
(*In
Revista Novidade, nº
23, de 1931. Fonte:
http://memoria.bn.br/pdf/721158/per721158_1931_00023.pdf
.)
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