sábado, 22 de outubro de 2016

Sintaxe, de Ozenir Alexandre

A sintaxe da minha poesia
espera por nascer.
Ainda não aprendi
a cortar o excesso
da minha solidão.
A própria timidez das rimas
não foi vencida,
nem esquecida.
Trato de metáforas
sem medo de mentir
em demasia.
Nunca medi um verso,
nunca sustei a palavrão,
nunca me arrependi
de palavra alguma.
Ainda sou uma poeta
poeticamente imperfeita.



(Fonte: Coletânea Alagoana Contos e Poesias, Fundação Cultural Cidade de Maceió, Maceió, ECOS, 1998, p. 35.)

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