domingo, 19 de abril de 2015

Confraria: Nós, Poetas - um grande recital


O evento ia começar às 17:00.  Só começou às 17:25. Mas às 16:15 eu estava saindo de casa para ir pegar o ônibus para ver o recital de poesia do grupo Confraria: Nós, Poetas, daqui de Maceió. Fazem parte da formação inicial os poetas André Maurício, Ciro Pimentel, Eduardo Proffa, Geo Santos e Majal-San. A apresentação ficou com a jornalista e também poetisa Gal Monteiro. Perguntei-me, enquanto me dirigia ao ponto de ônibus, quantas pessoas, em Maceió, estariam saindo de casa mais ou menos naquela hora para o mesmo evento. Imaginei que poucas, pouquíssimas. Mas isso é importante? E, se é, para quem?


Era um projeto novo e diferente em Alagoas, mas não único em colocar a poesia era no centro, como núcleo da existência daquele encontro. Tal já acontece há alguns anos com o Poesia no Varal, coordenado pelo poeta Ricardo Cabús, onde a liberdade e o dinamismo poéticos são marcas sempre presentes. Além da universalidade poética. O Poesia no Varal foi pioneiro no uso das redes sociais para divulgar e atrair pessoas de diversas matizes poéticas. Mas não deixa de ser uma qualidade a escolha consciente da Confraria em declamar poemas de autores alagoanos ou radicados há muitos anos em Alagoas. Afinal, todos sabemos o quanto é fácil, com a internet, ler poemas de autores do mundo inteiro. Mas na maioria das vezes não olhamos para a poesia do nosso vizinho de casa, de prédio, de rua, de bairro, de cidade.
E é sempre muito bom ouvir, sobretudo sob um acompanhamento de um bom violonista, um poema. Sob acompanhamentos musicais, qualquer poema pode se tornar deveras interessante. Isso, no entanto, não confere nem retira a boa qualidade de um poema. E o terceiro
* recital da Confraria, neste sábado 18.04.2015, foi muito bom. O pequeno teatro o SESC Centro ficou praticamente lotado. O público parecia estar preparado para ouvir poesia declamada e não atrapalhou nem interrompeu a declamação dos cinco poetas, que trouxeram poemas de poetas e poetisas diversos, além de suas próprias poesias.


Havia, durante as declamações, duas bailarinas (ou dançarinas) fazendo performances de acordo com os temas tratados nos poemas. E o violão suavizava o tempo. 
E tudo foi dito. E o possível foi compreendido. E o resto é matéria de jornal e de especulações várias.
Que haja mais eventos desse tipo em Alagoas, não apenas em Maceió.
Assim que for possível, postaremos alguns poemas declamados nesse encontro poético.
Abaixo, veja o poema Contrato Póetico, de Fábio dos Santos (Fábio Poeta).

* O primeiro ocorreu em 11.04; o segundo, poucos dias depois, para maiores de 60 anos; o terceiro e último dessa primeira etapa em 18.04.2015.

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