quarta-feira, 15 de abril de 2015

Nasce-se, de Jorge Cooper




Nasce-se


Nasce-se
e ignora-se quanto a estrada
estira
Só se sabe que
de vinte e quatro
em vinte e quatro horas
o tempo lhe rói um dia
— e o vivente nem sonha
que saldo fica

A essa aritmética
dá-se o nome de vida


(Do livro Os Últimos II. In Jorge Cooper: Poesia Completa, de 2011, p. 256.)

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