O Sino
Meu coração é como um velho sino
De uma
Ermida de aldeia no abandono,
Dobra num
som amargurado e fino,
Numa
tristeza vesperal, de Outono.
Outr’ora
era risonho e cristalino
De sua vez
o harmonioso intono,
E hoje
canta ao delíquio vespertino
A sinfonia
do Supremo Sono!
Muitas
vezes das auras do Passado
Uma lufada
rígida passando
Fá-lo
vibrar de um modo apaixonado
Em largas
notas pueris e quando
Se ecoa o
turbilhão, pelo ar magoado
Ficam por
tempos trêmulos vibrando!...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Gostou do poema ou da postagem? Deixe aqui sua opinião.